sexta-feira, 24 de abril de 2009

Os 25 anos da Diretas Já.


No dia 24 de abril de 1984 foi realizado o último e maior comício contra a ditadura militar do Brasil. Todos protestavam a favor da emenda Dante de Oliveira, que previa a volta das eleições diretas para presidente. O plano foi rejeitado, faltaram 22 votos para que fosse consentida. O que se deve ressaltar, porém, é no que resultou a união da força popular, a principal responsável pela transição ditadura-democracia ter se tornado realidade.

Desde meados de 1970, com a crise do regime militar, vinha-se ensaiando uma transição “lenta, graduada e segura” (pelo menos era o que afirmavam os militares). Depois da morte do operário Manoel Fiel Filho e do jornalista Vladmir Herzog, porém, iniciaram-se movimentos de protestos em setores da Igreja católica, da sociedade civil organizada e de pessoas oposicionistas ao regime, indignados com a censura e as incontáveis mortes provocadas pelo governo, conhecido ali como ‘máquina de tortura’. A partir daí, uniram-se todas as condições para a eclosão do movimento das diretas já. No período de 25 de janeiro a 26 de abril foi a vez do povo tentar retomar as “rédeas do poder”, quando, depois de 20 anos de dura repressão, sem a mínima e qualquer tipo de liberdade, milhares de pessoas de todas as partes do Brasil se reuniam na esperança de tempos melhores.

O movimento ganhou cada vez mais força, refletindo nos resultados da oposição no congresso. Foram criados partidos como o PT, PDT, PMDB, PP e PDS, tendo participação de políticos que mais tarde tiveram grande destaque na política brasileira, como Fernando Henrique Cardoso, Mario Covas e Luis Inácio Lula da Silva.

Quando as discussões em torno da sucessão presidencial se acirraram, a mobilização popular já havia ganhado força para modificar a amplitude das discussões políticas. Mesmo com a derrota da emenda, a disputa pela força política já havia ganhado proporções imensas, o que resultou um ano depois na eleição de Tancredo Neves. O Brasil passava, enfim, para o lado da democracia, mesmo que de forma indireta, findando finalmente o duro período da ditadura militar.

Nós, jovens, não temos noção de como é viver numa ditadura e há quem diga que a democracia de fato nunca existiu, e o que mudou foi apenas a forma de controle, que ficou mais implícito. Existem, então, formas "mais leves" de controle, como a mídia, o poder da informação, que, de forma sutil, não nos deixa perceber o quanto estamos cercados por todos os lados. o jovem de hoje, por não ter vivido uma ditadura (e em alguns casos não conhecer muito a história do país) não percebe o quanto a democracia é tênue e não avalia o quão importante seria ele ser mais engajado politicamente. Você acha que, se o regime se tornasse uma ditadura, nós saberíamos nos organizar para tentar combatê-la? Comente!

http://int.limao.com.br/eldorado/audios!getPlayerAudio.action?destaque.idGuidSelect=17B739FE5D87402D85D2D451BBA48523 ouça no link a entrevista feita pela rádio Eldorado com Flamarion Maués, historiador e Renato Janine Ribeiro, professor-titular da cadeira de Ética da USP.

Por Bianca Azzari.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

A estrutura da web é confiável?



Na última terça-feira, sete de março, os usuários do serviço Speedy de banda larga ficaram na mão. Usuários afirmam que tiveram problemas na conexão à Internet no Estado de São Paulo. Em nota para a Folha Online a rede de provedores UOL afirma que começou a receber reclamações por volta das 22h da segunda-feira. Segundo o UOL a Telefônica confirma que cerca de 170 mil usuários forma afetados. Em divulgação para a imprensa a empresa disse que "não existe nenhum tipo de problema generalizado para acesso ao Speedy".
Ainda nesta quarta-feira assinantes do Speedy continuam com problemas na conexão. Em contradição com a última nota divulgada o SAC da Telefônica confirma que existe uma massiva em toda a região de São Paulo por motivos de manutenção técnica, e promete que o serviço volta ao seu funcionamento normal até às 14h.
Vale lembrar, que em Julho do ano passado a Telefônica apresentou uma paralisação que passou de 120 horas gerando uma multa de mais de 3 milhões para a empresa. A pane técnica afetou bancos, lotéricas, delegacias e até agências do Poupatempo que dependem do serviço para o trabalho rotineiro.
Cabe a nós, jornalistas, afirmar piamente que diante dos fatos, o jornal impresso não perderá sua posição para a web tão cedo. Ainda falta técnica. Como a rede que é considerada a mais poderosa pode ser tão frágil a ponto de um problema técnico parar uma cidade?

Por Marcus Fróes

Fantoches?

Tanto se fala na manipulação da mídia para se atingir a famigerada formação da opinião em um senso comum, mas parece existir uma barreira não permitindo a especulação desse tema.
A manipulação e a formação de opinião é algo debatido já a longa data. Platão define em sua teoria, no livro VII do Republica, o Mito da Caverna, considerada uma das mais poderosas metáforas para descrever a situação geral em que se encontra a humanidade. Ou seja, os filósofos acreditam que todos nós estamos sujeitos a ver sombras a nossa frente e toma-las como verdadeiras.
A mecânica do Mito da Caverna consiste em deixar parte da humanidade presa desde a infância no fundo de uma caverna, imobilizados, condicionados a olhar sempre para uma parede à frente. Desta forma estavam sujeitos a ver única e exclusivamente sombras de algumas pessoas, animais, vasos... Definitivamente, os habitantes só poderiam enxergar o bruxuleio das sombras daqueles objetos, surgindo e se desfazendo diante deles.
A conclusão é que depois de passar a vida observando somente as sombras, os seres passam a acreditar que as imagens fantasmagóricas que apareciam aos seus olhos, chamadas de ídolos por Platão, eram verdadeiras, ou seja, a sua existência passou a ser dominada pela ignorância.
Se um dia, alguém resolvesse libertar um dos habitantes ele nada enxergaria, num primeiro momento, ofuscado pela luz do Sol, e depois iria desvendando aos poucos descobrindo tudo que o cerca.

E a mídia? O que tem a ver com toda essa teoria???

Seria ela a caverna? Sim, pois dela partem todos os tipos de informações para a sociedade, que a toma como verdadeira. E o questionamento é: Haverá mesmo a necessidade de sair da caverna e descobrir o mundo que existe por de trás dos meios de comunicação, ou existe transparência em meio à informação que temos acesso?

Fica a dúvida. Comentem.

Por Marcus Fróes

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Rai.Mundo? A forma como a imprensa influênciou todo o histórico da sociedade, pode e deve ser considerada como um despertar no mundo. Daí a idéia de dar 'oi' ao mundo. Nosso intuito é mostrar o que muitas vezes não vemos ou lemos em quaisquer meio de comunicação. Nós, como estudantes de jornalismo, vamos estudar, relacionar e debater sobre a influência da imprensa em diversas áreas, tanto quando usada a favor de algum assunto, como contra. Abordaremos também a questão da censura nas suas mais variadas formas. O questionamento de imprensa livre será colocada em pauta por meio de entrevistas e reportagens. E para não cairmos em contradição, e censurar nosso próprio público, nos ajude a desenvolver nosso Blog, nos mandando e-mails de críticas, sugestões, elogios. Entre sem bater, fique à vontade!